sexta-feira, 25 de julho de 2014

SEM MERECER

O capítulo 7 de Lucas começa falando de um
centurião, um oficial romano convertido ao
judaísmo e temente a Deus. Além de ter
construído uma sinagoga, o lugar onde os
judeus fazem suas leituras e orações, sua
preocupação com um servo doente é notável.
Ele pede a alguns religiosos judeus para irem
chamar Jesus para curar seu servo. Eles vão
ao encontro de Jesus e suplicam: “Este
homem merece que lhe faças isso, porque ama
a nossa nação e construiu a nossa
sinagoga” (Lc 7:4-5). Jesus os acompanha e
ao chegar perto da casa recebe outro recado
do centurião, que diz:
“Senhor, não te incomodes, pois não mereço
receber-te debaixo do meu teto. Por isso, nem
me considerei digno de ir ao teu encontro.
Mas dize uma palavra, e o meu servo será
curado. Pois eu também sou homem sujeito a
autoridade, e com soldados sob o meu
comando. Digo a um: ‘Vá’, e ele vai; e a
outro: ‘Venha’, e ele vem. Digo a meu servo:
‘Faça isto’, e ele faz”. Ao ouvir estas palavras,
Jesus volta-se para a multidão e comenta:
“Eu lhes digo que nem em Israel encontrei
tamanha fé” (Lc 7:6-8).
O estado de incredulidade em Israel é tão
grande, que um gentio é apresentado como
exemplo das qualidades que Jesus busca
naqueles que creem nele. Que qualidades?
Primeiro, a humildade. Os judeus acham
importante dizer a Jesus que o homem merece
ter seu pedido atendido por ter construído a
sinagoga, mas o próprio homem diz de si
mesmo: “Não mereço receber-te debaixo do
meu teto”.
Se você deseja obter de Deus um favor, seja a
salvação eterna ou o atendimento a alguma
necessidade de sustento ou saúde, precisa
reconhecer que não merece coisa alguma. A
única coisa que merecemos por nossa
desobediência e rebelião é o lago de fogo.
Mas Deus, em misericórdia e graça, quer
salvar e abençoar quem crê em Jesus e vai a
ele contrito, quebrantado e arrependido.
A outra qualidade do centurião está no
quanto ele confia na Palavra de Jesus. Ainda
que o próprio Jesus não esteja presente, ele
sabe que a sua Palavra é suficiente. Quão
diferente é essa atitude de muitos que
questionam a Palavra de Deus e correm atrás
de suas próprias filosofias. Não, eu não estou
falando de ateus e incrédulos; estou falando
de crentes que preferem dar ouvidos às suas
sensações, ideias e experiências ao invés de
conferirem tudo pela Palavra de Deus.

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